Suis-je éligible à la chirurgie réfractive ?

Queratopigmentação: a técnica médica de mudança da cor dos olhos

Popularizada nas redes sociais e debatida nos meios de comunicação, a queratopigmentação representa uma evolução recente no campo da cirurgia ocular. Inicialmente desenvolvida para indicações terapêuticas, esta técnica é hoje utilizada para fins estéticos: permite, de facto, modificar a cor aparente da íris, sem implante nem abertura intraocular.

Ter olhos azuis, verdes ou avelã já não é um sonho. Além disso, a intervenção é muito rápida e indolor. No entanto, requer o profissionalismo de oftalmologistas reconhecidos.

changer couleur yeux keratopigmentation paris institut voltaire ophtalmologie docteur rambaud docteur nicolau specialistes chirurgie refractive

Quais são os princípios da queratopigmentação?

A queratopigmentação, ou tatuagem corneana, consiste em inserir pigmentos minerais ou orgânicos nas camadas superficiais da córnea. Tem as suas origens na prática antiga da tatuagem corneana utilizada para mascarar leucomas ou restaurar um aspeto estético após uma opacificação da córnea.
O laser de femtossegundo permite agora criar um túnel intracorneano de profundidade e diâmetro constantes, no qual o cirurgião oftalmologista injeta os pigmentos. Esta precisão reduz o risco de difusão irregular e melhora a estabilidade da cor ao longo do tempo.

Da finalidade médica ao uso estético para mudar a cor dos olhos

Historicamente, a queratopigmentação tinha como objetivo corrigir ou dissimular anomalias corneanas:

  • Leucomas cicatriciais pós-traumáticos ou pós-infecciosos
  • Aniridias parciais
  • Discromias corneanas
  • Fotofobia ligada a uma pupila átona

O uso estético desenvolveu-se mais recentemente, impulsionado pela procura de pessoas que desejam modificar a cor aparente dos seus olhos, mais frequentemente para os tornar mais claros.

Ao contrário dos implantes intraoculares coloridos, que exigem uma incisão na câmara anterior e expõem a complicações graves (glaucoma, descompensação endotelial, inflamação), a queratopigmentação permanece extraocular: por outras palavras, não penetra no globo ocular e preserva as estruturas internas.

Como decorre a intervenção?

A intervenção é realizada sob anestesia tópica, através de colírio anestésico.

Após a identificação da zona a « colorir », o cirurgião utiliza um laser de femtossegundo para criar um plano circular na córnea, a cerca de 250 mícrones de profundidade. Uma microincisão lateral permite em seguida a injeção homogénea do pigmento com a ajuda de um microcateter.

A escolha da tonalidade depende do resultado procurado: azul, verde, cinzento ou mel, com possibilidade de degradês para um aspeto mais natural. Os pigmentos utilizados são biocompatíveis, estéreis e especialmente formulados para uso oftalmológico.

A duração da intervenção situa-se entre 20 e 40 minutos para os dois olhos. Uma vez injetado o pigmento, não é necessária qualquer sutura: a cicatrização corneana faz-se espontaneamente em poucos dias. E, acima de tudo, o resultado na cor dos olhos é imediato.

Existe acompanhamento pós-operatório?

O oftalmologista prescreve um tratamento local anti-inflamatório e antibiótico para as primeiras semanas. Um controlo permite também verificar a boa integração do pigmento colorido e a ausência de reação corneana.

Os pigmentos permanecem estáveis ao longo do tempo. Em caso de evolução da cor, um ajuste é possível através de retoque parcial. Em certos casos, a queratopigmentação pode ser parcialmente reversível: uma parte do pigmento pode ser retirada a laser ou diluída por reintervenção.

Quais são os limites da queratopigmentação?

No plano estético, a queratopigmentação destina-se a pessoas saudáveis, sem patologia corneana, sem secura severa nem antecedentes de cirurgia intraocular recente. Mas, como em qualquer intervenção nos olhos, é indispensável uma avaliação completa, com:

  • Topografia corneana
  • Paquimetria
  • Exame endotelial
  • Medição da pressão intraocular

No plano médico, ela mantém também toda a sua pertinência nos casos de reconstrução visual ou cosmética após lesão. Neste âmbito, a modificação da cor do olho permite atenuar uma assimetria estética ou melhorar o conforto visual ao limitar a difusão luminosa.

No entanto, esta cirurgia não tem efeito sobre a visão nem sobre a transparência do cristalino ou da retina, atua unicamente sobre o aspeto cromático da córnea.

keratopigmentation changer couleur yeux institut voltaire paris ophtalmologie docteur rambaud docteur nicolau specialistes chirurgie refractive paris

Comparação com outros métodos de mudança da cor dos olhos

Várias técnicas foram exploradas para modificar a cor dos olhos:

  • As lentes de contacto coloridas, não invasivas, são uma solução temporária, reversível e sem cirurgia. O seu inconveniente reside na tolerância a longo prazo, nomeadamente em caso de uso prolongado.
  • Os implantes de íris artificiais, introduzidos por via intraocular, suscitaram interesse mediático, mas são hoje fortemente desaconselhados/contraindicados por razões de segurança. Numerosas complicações foram registadas.
  • O laser despigmentador da íris, que visa aclarar a cor natural da íris destruindo a melanina, é ainda experimental e não é recomendado, pois pode induzir inflamação ou elevação da pressão intraocular.

A queratopigmentação surge assim hoje como uma alternativa mais segura, pois permanece limitada à córnea e não altera as estruturas internas do olho.

Os aspetos éticos e regulamentares da mudança da cor dos olhos

A queratopigmentação estética levanta questões éticas próprias das intervenções puramente cosmetológicas num órgão tão essencial como o olho.

Em França, deve ser praticada num quadro médico estrito, por um cirurgião oftalmologista experiente. Este deve fornecer informação esclarecida aos pacientes e uma rastreabilidade completa dos produtos utilizados.

Além disso, o uso de pigmentos homologados para fins oftálmicos é obrigatório. Qualquer pigmento destinado a tatuagem cutânea ou a outros usos é proscrito.

O que esperar da queratopigmentação para os próximos anos?

A evolução dos materiais e das técnicas abre novas perspetivas.
Alguns laboratórios trabalham em pigmentos fotoestáveis que poderão restituir nuances mais finas ou efeitos translúcidos próximos da íris natural. Outros desenvolvem dispositivos que permitem um controlo ainda mais preciso da difusão pigmentar, para um resultado mais homogéneo.

Conclusão

A queratopigmentação impõe-se como uma técnica cirúrgica inovadora na modificação da cor dos olhos.
Resultante de práticas médicas comprovadas e agora adaptada à procura estética, ela permite uma alternativa extraocular aos implantes muito criticados/agora contraindicados e aos lasers despigmentadores.

Para mudar a cor dos seus olhos de forma duradoura, é importante dirigir-se a um consultório oftalmológico especializado. É o que o Institut Voltaire oferece com a sua técnica de queratopigmentação.

Esta página também está disponível em